Formas de vida artificial sempre (ou quase sempre) tiveram um papel interessante em histórias de ficção científica. Ou seja, lugar cativo garantido nas histórias que iam surgindo na minha cabeça conforme a quantidade de habitantes da base aumentava. Mas a verdade é que eles não estavam presentes desde o começo.
Clássico Total |
A inspiração de encaixar vida artificial começou a partir da mini-série da DC Invasão, na qual havia um personagem que, inicialmente, era um 'hóspede' de uma prisão, a temível Masmorra Estelar, que parecia em constante estado catatônico. Era chamado simplesmente de Coluano (sua raça) por um outro detento, seu companheiro de cela. Em determinado momento, Querl Dox, ou Vrill Dox II dependendo do universo, (seu verdadeiro nome, também conhecido como Brainiac 5), se vira para seu companheiro de cela e explica um plano de fuga. Diante do espanto de seu companheiro, o Coluano pergunta: "Você não acha que eu deixaria de usar meu cérebro-computador-coluano para bolar um plano de fuga?"
Os Coluanos |
Estava lá. Encaixar seres que seriam muito superiores aos demais naquele espaço e pensar em como essas relações se processariam era muito interessante. Os demais habitantes os olhariam com desconfiança? Teriam medo de que eles pudessem se rebelar? Que postos ocupariam? Suas super-habilidades os tornariam párias entre os 'comuns'?
Comandante Data |
Ao contrário do androide Data, de Jornada nas Estrelas, achei mais interessante que não houvesse apenas um exemplar, pensando sobre sua existência, seu papel entre os diferentes. Um grupo de androides teria mais apelo dramático. Se um seria temido, que dirá quatro, cinco desses indivíduos?
Para diferenciá-los dos outros personagens, optei por utilizar peões coloridos de um velho jogo de tabuleiro. Como possuíam cores diferentes, seriam ligados a grupos diferentes. Entretanto, não significava que o peão azul pertencia à C.C.I.O. Significava que ele havia optado por se unir aquele grupo, por causa de suas habilidades específicas. Os Coluanos (em homenagem ao meu inspirador, eles receberam o mesmo nome de 'raça' daquele que os inspirou e mantive a cor da pele esverdeada) eram Inteligência Artificial, mas não eram máquinas a serviço do homem. Seguiam, em tese, as Três Leis da Robótica de Asimov, mas não eram eletrodomésticos. Sobre quem os havia criado, estabeleci uma origem similar aos Exterminadores: haviam sido criados por uma Inteligência Artificial Superior, um super-computador quase mítico, nomeado apenas como o Projetista. Também haviam histórias tabu que circulavam a boca pequena, que faziam referência a uma sangrenta guerra entre humanos e coluanos em um passado longínquo.
Roy Batty (Rutger Hauer) em Blade Runer |
O conceito de androide biológico de Blade Runner me interessava. Sendo assim, não os concebi como seres mecanizados, mas como seres similares aos humanos, apesar de uma ou outra diferença. Também não os pensei sendo tábulas rasas emocionais. Sempre achei Spock, Data e Odo interessantíssimos, mas nunca vi muito futuro no personagem do tipo 'quero entender suas emoções'.
Sendo assim, os Coluanos eram capazes de experimentar sentimentos e não tinham problemas em gerenciar isso. Ou tinham tanto quanto qualquer um de nós possui.
Em uma próxima publicação, mais detalhes sobre a Inteligência Artificial dos computadores da Grande Base e a Inteligência Artificial da nova safra.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brainiac_5
http://antimonitorhqsv1.blogspot.com.br/2011/02/grandes-sagas-dc-invasao.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Invasion!_(DC_Comics)
http://en.wikipedia.org/wiki/Khund
Nenhum comentário:
Postar um comentário