quarta-feira, 6 de junho de 2018

A estrada sinistra

A estrada de terra se estendia por quilômetros.

Carlão - Vai com calma, Graúna. Não quero ficar atolado nessa buraqueira.

Graúna - isola

Carlão - É isso mesmo? Os dois aí atrás dormiram?

Oscar - Só a serena, meu velho. Estou aqui terminando de ler meu jornal.

Carlão - Eu entendo ela. Nesse friozinho é bom.

Graúna - Friozinho? Esse lugar está congelando. Que tal pararmos pra colocar a capa?

Oscar - Quer parar mesmo aqui?

Graúna lançou um rápido olhar para fora. Dos dois lados da estrada crescia um mato alto e fechado. Não dava pra saber o que poderia estar escondido ali.

Graúna - Melhor não... Não dá pra saber se tem alguém escondido ali...

Carlao - Alguém.. ou alguma coisa.

Carlão deu uma sonora gargalhada.

Oscar - Para com isso, Carlão. Graúna, melhor continuar até o próximo bar ou posto de gasolina. Lá vamos poder fazer isso com calma. Parar aqui no meio do nada, sem uma luz pra ajudar, não é uma boa ideia mesmo.

Graúna - Sorte ter a voz da sabedoria conosco. Se dependesse desse fanfarrão aí...

Carlão - Desculpa, cara. Foi só uma brincadeira pra quebrar a tensão. Relaxa. Quando acharmos um restaurante, te pago um hambúrguer!

Graúna - Dois. Te aturar é trabalho pesado.

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