A estrada de terra se estendia por quilômetros.
Carlão - Vai com calma, Graúna. Não quero ficar atolado nessa buraqueira.
Graúna - isola
Carlão - É isso mesmo? Os dois aí atrás dormiram?
Oscar - Só a serena, meu velho. Estou aqui terminando de ler meu jornal.
Carlão - Eu entendo ela. Nesse friozinho é bom.
Graúna - Friozinho? Esse lugar está congelando. Que tal pararmos pra colocar a capa?
Oscar - Quer parar mesmo aqui?
Graúna lançou um rápido olhar para fora. Dos dois lados da estrada crescia um mato alto e fechado. Não dava pra saber o que poderia estar escondido ali.
Graúna - Melhor não... Não dá pra saber se tem alguém escondido ali...
Carlao - Alguém.. ou alguma coisa.
Carlão deu uma sonora gargalhada.
Oscar - Para com isso, Carlão. Graúna, melhor continuar até o próximo bar ou posto de gasolina. Lá vamos poder fazer isso com calma. Parar aqui no meio do nada, sem uma luz pra ajudar, não é uma boa ideia mesmo.
Graúna - Sorte ter a voz da sabedoria conosco. Se dependesse desse fanfarrão aí...
Carlão - Desculpa, cara. Foi só uma brincadeira pra quebrar a tensão. Relaxa. Quando acharmos um restaurante, te pago um hambúrguer!
Graúna - Dois. Te aturar é trabalho pesado.
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