quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Reportagem: Inovação na Engenharia de Plataformas



Brasil inova em plataforma de petróleo

MARCUS VINICIUS MARINHO

da Folha de S.Paulo
 
Uma plataforma de petróleo com coluna única e uma piscina estabilizadora no centro é a mais nova contribuição da engenharia nacional para a exploração de petróleo brasileiro. Por enquanto é só um projeto, mas já se encontra na fila daqueles que poderão ser postos em construção pela Petrobras a partir de agora.


Chamada de MonoBR, é uma plataforma marítima para exploração de petróleo em alto-mar (em profundidades que passam de 1.500 m). O resultado da estrutura em coluna com um buraco no meio: estabilidade, durabilidade e segurança dos trabalhadores no mar.

"Do ponto de vista do projeto do casco, as outras plataformas normalmente têm menos estabilidade, maiores riscos no caso de uma colisão e uma tendência de ter um casco mais difícil de construir", diz um dos responsáveis pelo projeto, o engenheiro Isaías Quaresma Masetti, 47, do Cenpes (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento) da Petrobras.
 

A inovação foi desenvolvida por cientistas da estatal em colaboração com pesquisadores da USP, da UFRJ, da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo) e da Marinha brasileira.

Além das plataformas "de jaqueta", que realizam a extração de petróleo fixadas ao leito oceânico, existem as plataformas semi-submersíveis convencionais (flutuantes, ancoradas por cabos), a maioria com várias colunas de sustentação --como aquela em que ocorreu a explosão que afundou a P-36 em março de 2001).

 
 
 
 
 
Inovação no projetoEmbora seja desse segundo tipo, a MonoBR, com 95 metros de comprimento, tem uma coluna cilíndrica só. Isso, segundo os pesquisadores, confere maior estabilidade. Tem também uma abertura bem no fundo do casco, chamado de "moonpool" (literalmente, "piscina da lua"), que minimiza os movimentos (e o desgaste) produzidos pelas ondas.

Embora a "moonpool" seja conhecida de projetistas do setor, ela é normalmente utilizada em navios para permitir o acesso de equipamentos de perfuração ao fundo do mar, e não para diminuir movimentos verticais e horizontais. O nome estranho tem uma explicação idem: "Diz-se que, antigamente, os marinheiros olhavam para a abertura e, como a água ali se movimenta muito menos que a água das redondezas, à noite podiam ver a lua claramente refletida", diz Masetti.

A moonpool é a grande vantagem da MonoBR. "Já existem várias plataformas de uma única coluna instaladas no mundo, especialmente no golfo do México", diz Masetti. "No entanto, o conceito de moonpool, inovador, compensa os movimentos fora do plano. Isso permite que a plataforma seja projetada com calados [distância vertical entre a superfície da água e a face inferior da quilha] menores, algo muito conveniente para construção do casco e montagem do convés", afirma.

Segundo o pesquisador, a plataforma foi especialmente projetada para a realidade do mar e do petróleo nacionais. "O Brasil tem um mar relativamente calmo, mas em estado de oscilação constante. A MonoBR foi projetada olhando para esse contexto, de forma a possuir uma boa reserva de estabilidade com painéis contínuos e poucos pontos de concentração de tensão", diz.

Só no papel

Embora seja ainda um projeto, a nova plataforma, que já resultou em um pedido de patente nos EUA, já passou por todos os "vestibulares" que a empresa estatal faz para avalizar novos conceitos. Assim, a MonoBR já pode ser relacionada na lista de alternativas disponíveis para licitações de plataformas, o que servirá também para que se avalie seu preço.

"Uma eventual vantagem em termos de preço do casco seria confirmada só numa licitação em que apresentássemos ao mercado as opções equivalentes para serem cotadas", diz Masetti. "O preço de construção é um item difícil de comparar, pois depende da oportunidade de mercado, das facilidades do estaleiro e de sua experiência mais recente."

Segundo Masetti, o objetivo principal da MonoBR não é ser uma plataforma de baixo custo. "Queremos que ela seja competitiva, porém preferimos que seus maiores ganhos sejam operacionais, que aproveitem as características intrínsecas do casco --e não só vantagens de preço em termos do peso em aço."

Ainda há desconfianças a vencer, porém: "Todo mundo fica com o pé atrás nessa área. Inovações em plataformas de petróleo só são utilizadas se trouxerem muitos ganhos", diz. "Por isso, estamos planejando melhorias como um novo sistema de ancoramento, por exemplo."

A MonoBR foi apresentada em reportagem na edição número 100 da revista "Pesquisa Fapesp" (www.revistapesquisa.fapesp.br).
Para saber mais:

http://www.oceanica.ufrj.br/deno/prod_academic/relatorios/2009/rafael_vileti/relat1/Rel.htm

http://www.petrobras.com.br/pt/

(Acesse antes que o PT acabe com ela...)


Reportagem disponível em:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u12061.shtml



sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Entra o N° 7 - Fase 2

Esse post vai ser muito mais visual.  Ele mostra o resultado final da Nº 7, Com algumas notas inseridas nas próprias fotos.

Um próximo post vai detalhar mais cada parte da Nº 7.






Entra o N° 7 - Fase 1

Enfim, o N° 7.

O N° 7 foi concebido para ser uma nave de apoio, com longo raio de ação e relativamente independente.

Emblema dos Runabouts
Imagine uma plataforma que tem por objetivo monitorar e controlar o tráfego de veículos, coletar informações meteorológicas e, de quebra, realizar pesquisas científicas aqui e ali.  Ela deve ter o apoio de uma ou mais naves para situações de emergência, levando em conta que sua mobilidade é limitada. Situações de resgate, exploração, reconhecimento, investigação, defesa, etc não podem ser realizadas pela plataforma em si.  






(Alerta de divagação)


Mas, na verdade, a N° 7 vai ser 'herdada', de certa forma, pela plataforma, ou vice-versa.  Mas, me adiantei um pouco.



Deep Space 9 dá uma boa ideia disso.  Os runabouts da classe Danúbio são bons exemplos disso. Mais recentemente, com a expansão da produção criativa em Star Trek, ficamos sabendo que cada nave da Federação dos Planetas possui uma vasta gama de naves de apoio em suas docas, como se fosse um porta-aviões. Cada uma é utilizada em uma situação específica.

Naves Auxiliares da USS Chimera
Voltando ao nº 7: sendo uma nave de apoio, ou nave auxiliar, ela deve estar vinculada a (ou fundeada em) alguma base.  Isso significa que este é um veículo capaz de realizar ações a consideráveis distâncias de seu quartel-general.  Mas ter um quartel general quer dizer que sua autonomia, por maior que seja, não é absoluta.  Mais cedo ou mais tarde essa nave deve retornar para a base, ao contrário de uma Enterprise (com uma missão de 5 anos de exploração).

A tripulação é formada por três pessoas: o capitão da nave, o piloto e um maquinista.  Sobre cada atribuição dos tripulantes falarei em um próximo post.

A seguir, as fotos da Nº 7 em seu estágio inicial de criação.



Visão Frontal 
Lateral






Detalhe do posto do Maquinista



























http://usschimera.wikidot.com/9-0-auxiliary-spacecraft-systems

http://scifi.stackexchange.com/questions/29048/when-to-use-a-runabout-or-a-shuttle-in-a-mission

http://www.st-minutiae.com/misc/renaissance/tm/section_5.html





terça-feira, 18 de novembro de 2014

Sobre Blueprints, Plantas, Cortes Longitudinais e suas aplicações em Maquetes


 O uso de blueprints, plantas baixas e esquemas está muito mais ligado à arquitetura do que as maquetes feitas por hobby.  Uma rápida busca no Google com as palavras "blueprint maquete" ou "planta maquete" dá uma boa idéia disso. 

Apesar disso, existem bons programas, especialmente on line, que podem ser usados para ajudar na visualização dos projetos em miniaturas antes de começar o recorta, cola e junta.  Estes programas são mais indicados para aqueles que criam maquetes a partir da imaginação.  Nas maquetes que representam locais que existem de fato, seu uso é dispensável.  Em um post futuro falarei mais sobre esses programas.

A vantagem do blueprint e das plantas é sua capacidade em dividir algo que anteriormente poderia ser considerado uno, estanque.  Uma maquete da Enterprise, por exemplo, pode tanto representar a nave por completo quanto representar uma de suas seções. A divisão em partes colabora para que detalhes, que podem passar despercebidos nos filmes, por exemplo, sejam explorados e expostos.



Outra vantagem dos Blueprints e plantas é exatamente explorar e detalhar mais essas pequenas nuances auq surgem quando o processo de criaçã/reprodução se iniciam.  Mostrar que cada peça, por menos que seja, possui um significado enriquece mais ainda o processo criativo.  
 


A seguir, uma definição da palavra Blueprint e, depois, várias Blueprints (ou plantas, ou cortes longitudinais plantas baixa) de veículos deveras interessantes.

E para quem desejar ver as Blueprints da Enterprise, aqui vai a mina de ouro.




Blueprint

O blueprint é um tipo de suporte utilizado em desenho técnico para projetos de arquitetura, engenharia ou design. No início as vistas ortogonais do modelo eram impressas em linho, mas devido ao encolhimento do material, combateu-se este problema com impressões em papel vegetal e, posteriormente, em filme de poliéster (Mylar). Um blueprint usualmente se constitui de linhas brancas em um fundo azul. Um modelo mais recente utiliza linhas azuis em um fundo branco.




  












sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Dica: Thunderbirds!

Para aqueles que curtem miniaturas, o seriado Thunderbirds não pode deixar de ser assistido.

o seriado de 1965 ainda hoje me causa espanto não só pelas histórias, mas principalmente pela fantástica técnica de Supermarionation. Sem contar os cenários, perfeitos e cheios de detalhes.

Sem mais delongas, um pouco de Thunderbirds...  para quem conhece relembrar, para quem ainda não foi apresentado, conhecer.

Em destaque, as informações tiradas das fontes (no final do post estão os links para quem quiser saber mais).  E, como última sugestão, existem vários episódios da série no Youtube.  Infelizmente, para quem não sabe inglês, todas estão com o idioma original e - ainda - sem legendas em português.


Thunderbirds

O seriado Thunderbirds tratava das missões de uma organização secreta de resgate internacional no século XXI formada pela família Tracy e alguns empregados. Tal organização possuia um arsenal de foguetes e máquinas escondidas em uma ilha secreta, sua base de operações. 

Seu lider é Jeff Tracy, um ex-astronauta milionário, pai de Scott Tracy, Virgil Tracy, Alan Tracy, Gordon Tracy e John Tracy. Compõem ainda os personagens da história Kyrano, empregado dos Tracy, e sua filha Tintin e o genial engenheiro Brains, responsável por criar as naves, veículos, bases e foguetes do grupo.
Os veículos utilizados pela equipe são um espetáculo a parte.  Cheios de personalidade, com design único e funcional, até hoje são objeto de desejo de muitos colecionadores de miniaturas.



As máquinas mais conhecidas que apareceram no seriado, foram:

Thunderbird 1 (35 m)

Era uma nave que decolava como foguete, mas voava como avião e era usada para ir na frente preparando a chegada dos equipamentos de resgate. Era o primeiro a chegar nas áreas onde as emergências aconteciam.

Tem poder de fogo para quando for necessário e, como todas as operações da TB1, este é controlado através de um monitor de TV multiuso montado no painel de controle do piloto.Seu piloto é Scott Tracy;

 Thunderbird 2 (76 m)
Nave de carga que levava os equipamentos para o local de ação, inclusive carregava frequentemente o Thunderbird 4 e/ou a "Toupeira" (do original 'Mole').  TB2 é capaz de transportar cargas de grande porte que estão alojados no pod.



Antes da partida em uma missão de resgate é tomada uma decisão sobre qual veículo pod é para ser levado para a zona de resgate. Esta decisão é feita por Scott, que já está em cena com o TB1, ou por Jeff, Tracy e Brains na Ilha depois de reunir o máximo de informação possível sobre a situação de emergência.Ele é pilotado por Virgil Tracy;

  
Thunderbird 3 (87 m) 

Era um foguete usado em missões no espaço. A bordo a tripulação e os passageiros estão protegidos contra chuvas de meteoros e tempestades cósmicas pelo casco de paredes duplas ao redor da área da cabine de alojamento. O astronauta que o pilota é Alan Tracy;












Thunderbird 4 (9,1 m)

Um pequeno submarino para missões no fundo do mar. Seu piloto é Gordon Tracy;






Thuderbird 5 (90 m) 

Uma estação espacial usada para monitorar as comunicações da terra. Thunderbird 5 é equipado com sistemas de bordo automatizados, permitindo que a estação inteira possa ser administrada/controlada por um único membro da tripulação. Seu controlador é John Tracy;




Abaixo todos, ou quase todos, os veículos usados na série.




Fontes usadas nesse post.  Para saber mais, cliquem em:

http://www.tvsinopse.kinghost.net/t/thunder1.htm

http://desenhosanimadospt.blogspot.com.br/2012/03/thunderbirdsp.html

http://thunderbirds-br.blogspot.com.br/p/capas.html

http://lester.demon.nl/superm/tbirds/thb2.html

http://downthetubescomics.blogspot.com.br/2013_06_02_archive.html

http://eclectorama.blogspot.com.br/2007/06/five.html